Mostrando postagens com marcador Toninho Horta. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Toninho Horta. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de agosto de 2010

Curitiba, Sábado 26 graus





Dia lindo, sol reinando absoluto num azul sem nuvens (nem brancas). The king is back!!!
Minha tristeza foi
wiped out e me sinto pronto pra qualquer coisa. Manda ver... Cai dentro... Vai encarar???
Coloquei  'Foxtrot' no som e ouço 'Supper´s Ready' no talo. Os vizinhos??? F...-se!!!
Deles tenho que ouvir música
breganeja e toda sorte de banalidade musical como se fossem obras cuja importância é imperativo compartilhar.
Pelo menos de mim, eles estão ouvindo 'Genesis' e ouvirão um
acervo que vai de Guinga a Toninho Horta, de Edu a Chico, de ELP a Milton, de Hendrix a Zeppelin, de Rosa Passos a Tavinho Moura, e por ai vai.
Se tenho que agüentar lixo no último volume vindo das paredes alheias, tomem ai algumas pérolas...
Nem que sejam aos porcos...
"Ihhh haaa" 

Why, why can we never be sure till we die
Or have killed for an answer
Why, why, do we suffer each race to believe
That no race has been grander
It seems because through time and space
Though names may change each face retains the mask it wore”(1)

 _____________________________________
(1) Genesis, Foxtrot - Time Table, 1972


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Trem de Doido

Minas invadiu de vez minha perspectiva, de novo. Estou cego de Minas outra vez. Só vejo a Amazonas, a Tamoios depois da Praça Raul Soares, o Viaduto Santa Tereza, a Francisco Sales e o prédio marrom opulento quase na esquina da Mal Deodoro. Só vejo o sol vermelho se recolher atrás da Serra do Curral nas tardes do 15º andar ao som de Toninho Horta, Celso Moreira... Só ouço a voz do Helvecinh (sem  ´nho´ mesmo uai) a contar, a falar da "mentalidade de garimpo" de alguns comparsas.
E a janela wide opened trazendo a brisa que talvez tenha passado por um cem número de quintais antes de me arrebatar ali, hipnotizado pelas montanhas que Milton uma vez desenhou num LP.
E correm lágrimas, cerveja, músicas, palavras, música, palavras, risos...
Eu de volta no trem de doido, muito além do céu...nuvem cigana querendo casa, minha casa.
Abraço o Tusta e tomo o rumo de volta, pela Contorno e em direção à Savassi, subo a Nossa Senhora do Carmo e acelero. São Pedro, Sion, a favela do Papagaio ficam pra trás. A curva do Ponteio, o BH Shopping e eu na banguela, o anel rodoviário de novo. Úrsula Paulino, a Igreja, Praia dos Sapos afinal. Lair aberto, ele não está mais lá, se foi. Mas vejo o Góis, "Pelo Amor de Deus", Darão, "Leitão", muita gente. Desço do carro, e é febre, febre de gente, de uma gente que não acaba. Vai embora, chega mais, nada muda. Parece até que conheço o mundo todo, pelo nome, pelo apelido.
Volto trôpego pra casa. Não fui assaltado. Sorte. Sorte de quem o pai ainda espera, verifica, certifica que não falta um pedaço.
"Minas permanece impávida"...não falta um pedaço.
Em mim... só em mim...um pedaço falta...
 
Amanhã é só outro dia...outro dia longe de Minas.