sexta-feira, 23 de julho de 2010

Diplomacia 69

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“Não gostaria de ser levado a sério somente quando sou solene. Quanto mais eu vivo, mais suspeito da solenidade, e vejo nela – não sempre, mas com muita frequência – um disfarce para a impostura.” Bertrand Russell

Carlos César me apresentou a Lógica Matemática e Bertrand Russell há mais de 25 anos. Costumava ir à sua casa ouvir progressive rock (repertório único!!!Lembra-se disso Hamilton?) no volume mais alto, imediatamente antes das caixas estourarem ou o som, saturado, tornar-se incompreensível. Numa dessas, folheei um seu livro velho - provavelmente surrupiado de uma biblioteca pública ou acadêmica (a voracidade intelectual do Cícero lhe permitia tais delitos sem a menor cerimônia) numa época em que livros como aquele não estavam disponíveis pela Internet – e fui despertado para o sarcasmo e a sátira aguda do prêmio Nobel de 1950. Conheci também na mesma época alguns escritos de Voltaire, tanto que terminei por ler Candido ou o Otimismo tempos depois. Thank God.

Do Russell folheei Ensaios Céticos, e o impacto permaneceu indelével na memória obrigando-me a perseguir o livro pelos últimos 25 anos. Cheguei a tentar afanar um exemplar em bibliotecas, mas meu empenho e capacidade intelectual nunca chegaram nem perto das do Cícero. Com efeito, minha destreza, frieza e dissimulação para o intento eram igualmente um fiasco.

Julho de 2010 e comprei o livro num click pela Internet. Deitado em minha cama com o laptop sobre as pernas, paguei R$15,00 pelo livro, entregue em casa.
“- Onde esse mundo vai parar Gerarrrda?”

Nesse ínterim, em que me abstive de possuir os Ensaios Céticos, li Silhuetas Satíricas. Russell deveria ser, definitivamente, leitura obrigatória.
Algumas pérolas, “pra refletir na cama”:
(1)“Ajudei certa vez duas garotinhas estonianas que quase morreram de fome durante uma grande crise. Elas ficaram vivendo com minha família e, é claro, tiveram bastante para comer. Mas gastavam todo o seu tempo livre visitando as fazendas vizinhas e roubando batatas, que escondiam. Rockfeller, que na infância experimentou grande pobreza, passou a vida adulta de maneira similar.”
Tenho a mesma sensação acerca de certos políticos e dos novos ricos do serviço público federal/estatal.

(2)“Homens que permitem que sua paixão pelo poder lhes dê um ponto de vista distorcido do mundo podem ser encontrados em qualquer hospício: um pensa que é o presidente do Banco da Inglaterra, outro pensa que é o rei, ainda outro pensa que é Deus. Delírios absolutamente semelhantes, se expressos por homens cultos em linguagem obscura, levam à condição de professor de filosofia; e, se expressos por homens emocionais em linguagem eloquente, levam a ditaduras.”
Vivemos as últimas décadas do Sec. XX na onda das ditaduras militares de direita da America Latina. Adveio então o período democrático que caminha agora, estranhamente, em direção ao caudilhismo[1].
Vá de retro satanás!!!

(…)

Vi pela TV ontem o anúncio do rompimento das relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia. A cena seria somente mais uma das tantas protagonizadas pelo Bolívar reencarnado não fosse por um detalhe: Maradona (também vestido à caráter) ao lado de Chávez e atento a tudo.

Ocorreu-me então uma cena grotesca onde futebol, política e diplomacia misturavam-se freneticamente no caldeirão do fuck:
-          Squid deixara o poder e fora anunciado pela CBF como o novo técnico da Seleção brasileira até a copa de 2014. Como patriota que é, e usufruindo de muita influência com o companheiro Chávez, pediu a esse que “convencesse” Maradona a ser candidato a presidência da Argentina em 2011. Contaria ele com o apoio dos dois governos à sua candidatura.
Equador, Bolívia e Paraguai viriam juntos depois de mãos dadas com El papa.
-          Chávez vislumbrou imediatamente a ampliação de sua ascendência e rede de influência e manipulação no cone sul. Planos maquiavélicos começaram a entulhar sua cabeça: "...no máximo cinco anos e o retorno da Guerra fria", onde ele, mandatário do bem, decidiria o futuro da humanidade em uma luta ferrenha contra o bloco do mal.
-          Maradona prometeu que desfilaria nu por Buenos Aires caso vencesse o pleito, assim los hermanos poderiam ver sua nova tatuagem - feita do lado esquerdo do peito por exigência de Hugo – completando o terceiro herói da nova revolução bolivariana (Guevara e Fidel já estavam lá).
-          A lula (ou o polvo) garantiu então que a copa de 2014 seria nossa e se apressou em alinhavar os acordos necessários com os novos líderes da AL.
o       A Argentina teria que contentar-se com um segundo lugar após ser derrotada pelo Brasil na final a ser alardeada como a “batalha do Maracanã”. E se, num arroubo súbito de brio nacionalista, ensandecidos, os jogadores portenhos desobedecessem à ordem do grão mestre Maradona para entregar o jogo, Super Squid entraria pessoalmente em campo com a tropa de choque (Sarney, Renan, Temer, Vacarezza, Genoino, Maluf, Marcos Valério… esses dois últimos não, tinham que ficar no vestiário vigiando as malas e um ao outro) e faria a partida virar pro nosso lado. Tudo dominado!!!

E assim o mundo seguiria.
Keys com as chavez para o botão da Guerra nuclear em ogivas no Irã, Cuba, e até Rússia - se bem combinadinho; e o destino da humanidade na ponta de seus dedos.
Ah...ordenou também que após sua morte seu corpo fosse empalhado e exposto à visitação e oração pública na Igreja Interespacial do Poder das Chavez, onde era o Deus supremo.

Maradona governando pelado porque “o rei é mais bonito nu” [2], sempre ovacionado com a nova saudação oficial do Boca (leia-se povo - sem L - argentino) ao grande irmão: braço esquerdo estendido para frente, punho cerrado e o jargão “La mano de Dios!!!”

O polvo (ou a Lula) impondo suas teorias futebolísticas singulares (plural não existe) e tendo como auxiliar técnico o Zé D, que também cuidava do merchan e era o DJ das festas e orgias.

O resto… Bem… A Bolívia e o Equador foram pro Paraguai fazer compras.
A Dilma foi a LA com a Marisa e a Marta no aerolula fazer uma nova plástica e aplicar bottox na clinica do Dr. Robert.
PS Depois - pra me fazer um agrado - ela ficou de passar na Rodeo Drive e me trazer um casaco de couro da Bottega Veneta.
Bom negócio, não é menina???


[1] Caudilhismo: sempre para achar legitimidade, as ditaduras se apoiam em teorias caudilhistas, que afirmam muitas vezes do destino divino do líder, que é encarado como um salvador, cuja missão é libertar seu povo, ou ser considerado o pai dos pobres e oprimidos, etc.
Em geral, caudilhos são lideranças políticas carismáticas ligadas a setores tradicionais da sociedade (como militares e grandes fazendeiros) e que baseiam seu poder no seu carisma. Muitas vezes, líderes são chamados de caudilhos quando permanecem no governo por mais tempo do que o convencional. O caudilhismo se apresenta como forma de exercício de poder divergente da democracia representativa. Wikipédia

[2] O Estrangeiro de Caetano Veloso (não, não é do Camus) ou simplesmemte A Roupa Nova do Rei de Hans Christian Andersen.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Waaaallll..."

"Crime hediondo é tiro na nuca".
Sou mais o Francis, pragmático e sem meias palavras.

Ok, definamos crime hediondo (aguenta!!!):
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1o, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 20.8.1998)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 20.8.1998)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 6.9.1994)

Adiantou alguma coisa? Pois é. Ouvir uma entrevista do Tom Zé mediada pelo Gil teria fuxicado o mesmo efeito.

A Anistia Internacional ou os militantes dos direitos humanos (por profissão) provavelmente me estripariam por isso, caso fosse eu alguém capaz de dar-lhes alguma janela para exposição. Contudo, sou apenas mais um Tião na multidão, salvo da atenção deles (Just the fool on the Hill).

A tal Amnistia Internacional foi fundada em 1961 pelo advogado inglês Peter Benenson, na sequência de uma notícia publicada no ano anterior pelo jornal Daily Telegraph sobre a condenação de dois jovens estudantes portugueses a sete anos de prisão por gritarem "viva a liberdade" numa esplanada no centro de Lisboa durante o regime de Salazar (eita Wikipédia).
Hoje em dia recebe a alcunha de organização não-governamental, e isso por aqui é quase sinônimo de lavagem de dinheiro público em direção ao caixa 2 de partidos e/ou partidários. "Esse nosso sítio" provavelmente é o único lugar do mundo onde não-governamental significa estatal, patrocinado com verbas públicas.
Depois disso só mesmo o Nobel da Paz e o levante contra Salazar para redimir sua atuação no Brasil.

Complicando um pouco: pense agora na trupe dos militantes pela igualdade racial, esses mesmos que inventaram e fomentam o preconceito racial no Brasil vestidos a caráter com roupas pseudo-africanas, cabelo afro e o diabo. Esses que inventaram e usufruem até de uma secretaria com status de ministérioEsses mesmos que adoram um fórum, uma plenária, um seminário, uma conferência na Suiça, o PT (ai descambou)...
Esses que dizem que eu e meu cabelo encaracolado somos brancos...difundindo o preconceito do preconceito (mas não foi com a negação do mesmo que tudo começou?).

PS Só para registro: cresci no meio de negros e brancos(e nunca notei a diferença na cor), até porque brasileiro é brasileiro e africano é africano, “homem é homem, menino é menino e baitola é baitola”. Afro-descendente aqui‽ ‽ ‽ O escambau!!! Sou é brasileiro, mineiro e belo-horizontino de Minas Novas.
   Tomei conhecimento do tal “preconceito” como um conceito externo, formulado por militantes emplumados em roupas estranhas. Essa turma que vive num mundo paralelo inventando conflitos raciais onde estes ainda nem existem e propondo depois as soluções heróicas para resolvê-los.
  Logo eu, que passei minha juventude tão magro como um pau de tripa com os meus 50 kg – pau de tripa era um dos muitos apelidos que carregava além de magrelo, magrão, lingüiça e uns tantos outros usados pelo bullying normal e inofensivo daquela época. Como diria meu sábio pai, isso nunca "nem me balançou a passarinha”. Naquela época o conceito de bullying ainda não havia sido importado e nenhum compêndio sobre o preconceito da magreza escrito. Passei por tudo incólume. A ignorância é maravilhosa às vezes, não é verdade

Agora chame hoje um n@gão de n@gão..."Pera lá", preconceito racial + um rosário de jargões panfletários + uma dúzia de teorias alinhavadas em livros duvidosos escritos por "advogados/filósofos/sociólogos" brancos oportunistas = o prato do dia para o Narciso militante racial com fome de poder de plantão.

Balelas! Balelas ou o insumo básico dos arautos da salvação na pele desses líderes (humanitários, comunitários, sindicais/partidários...) sejam eles n@gões ou caucasianos, paulistas ou nordestinos.
Essa gente que dita o mote da insurreição e encabeça a tropa dos oprimidos (depois da vitória e do sacrifício dos peões, of course) ante a festa da libertação merece, pra mim, alguma desconfiança. Se pelo menos tivessem antes se enfurnado pelo Caminho Para Wigan Pier ou ainda lutado ao lado dos republicanos contra Franco na Espanha, teriam um pouco mais da minha credibilidade.
Não obstante, meros viciados em poder, plebeus de araque infiltrados na turba preconizando a luta e o sacrifício(dos outros) em direção a Canaã. Esses apóstolos da nova ordem(ou nova horda), gente beijada pela providência ou pelas musas ou deuses, ou pela inteligência, carisma, ou seja lá por mais o que justifique sua ascendência sobre a tropa. “Ungidos” com o dom da diferença - embora para mim sejam todos absolutamente iguais, vermelhos, magrelos, n@gões, arianos, amarelos, políticos ou azuis.

(...)

A visão maniqueísta das coisas nunca me caiu bem. Esquerda e direita, progressista e reacionário, revolucionário e imperialista, Ahmadinejad e Barak, branco e preto, Keys e... Chavez e... Bem, por ai vai.
Se gostasse dessa supersimplificação das vicissitudes humanas teria visto e chorado muito com o filme do presidente ou com os filhos de Francisco; imediatamente após teria comprado o DVD e alguns CDs da dupla.
Mas, só cá entre nós, é que também detesto música breganeja.

No entanto, por que complicar o simples e simplificar o complicado???
Poderiamos ser meramente matemáticos e afirmar que receber propina é corrupção, dízimo é sacanagem, aliciar menores é pedofilia, que um magrelo é um magrelo(somente alguém abaixo do peso) e um n@gão é um n@gão, e não há nada de errado nisso.

Que bom seria a "clarividência" de que meio “viado” ou meio honesto não existem e de que o número ί=√(-1) só existe porque matemática é matemática.

Ah se a vida fosse só um pouquinho mais exata, com a metade do congresso e do executivo na prisão enquadrada com base na Lei nº 8.930.
E para os ladrões de carro que arrastaram por 7 Km no Rio o menor João Hélio, de 6 anos : tiro na nuca...

Ah se tudo não fosse verdade...

sábado, 17 de julho de 2010

"A vida é um sonho, Charlie Brown"

Peanuts (no Brasil "A turma do Snoopy") sempre foi para mim uma obra prima! Schulz capturou a "patologia" inofensiva dos sonhadores materializando-a num cachorro beagle com complexo de Walter Mitty.
Do outro lado, Charlie Brown dava o contraponto debatendo-se com os fracassos e frustrações do mundo real. Snoopy era uma espécie de alter ego de Charlie Brown; ou Charlie é que era de Snoopy. Não importa.

Por muitas vezes tive a fantasia de que num estrondo a vida se transformasse naquele desenho animado onde eu, teleportado a outra dimensão, aparecesse sentado ao lado da Paty Pimentinha naquela escola ouvindo a voz de trombone de vara desafinado dos professores (ou dos adultos em geral). Até hoje tal metáfora impressionante e perturbadora me fascina, especialmente porque os adultos só existiam da cintura pra baixo. O que mais poderia existir além daquilo???

Charles foi um gênio ao capturar o universo infantil com tanta sensibilidade e verossimilhança. Como explicar a Primeira Guerra Mundial, o Sopwith Camel (na verdade a casa do Snoopy) ou Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho?
Como explicar Beethoven, Joe Cool e toda aquela trilha sonora?
Só mesmo Schulz pra fazer isso sem dor.

Diante de tantas notícias macabras no jornal, tanto descalabro político, me vejo melhor falando com um amigo imaginário como o Woodstock (que fala apenas a linguagem dos pássaros através dos sinais de exclamação, interrogação, etc.) ou voando nos céus da França num Sopwith Camel me desvencilhando das balas do Barão Vermelho no meu encalço.
É isso ou adentrar o universo dos discursos chulos do presidente squid, da violência urbana que vai da pedofilia ao esquartejamento de corpos ou da promiscuidade política que subverteu conceitos como honestidade (Genoino, Maluf, Sarney e tantos outros tem a ficha limpa. Impressionante).
Prefiro por hora enfrentar o invisivel "Gato estúpido da porta ao lado" (também chamado "Terceira guerra mundial") ou disputar a posição de shortstop com o Snoopy no campo de baseball da cidade.
Btw, de volta a minha vida secreta de escritor...

(...) "Estava uma escura e tempestuosa noite..."(1)


(1) Tirado de uma história de Edward George Bulwer-Lytton escrita em 1830 chamada Paul Clifford e parte de um dos momentos memoráveis dos "Peanuts" onde Snoopy era um escritor, com seu eterno abrir da mala onde está a máquina de escrever.

sábado, 3 de julho de 2010

Prophet of the past (2010 South Africa)

It's quite common to start digging for logical reasons when something happened in a different way of our expectation, prognostic or desire. This is one of the many bequests of scientific thought, even stressed after the Enlightenment.
But there are some boundaries here that if crossed, turn us into a different universe. A fictional universe where we can ALWAYS (?) create models to predict everything and, indeed, have the expected results of whatever we want...ever.
This world does not exist at all, though.

Regardless, that's the magic truth used for self-help writers, fake experts and all kind of people who want to sell their useless theory to whoever believes in all type of bs. How to get rich, how to be saved, how to be healed or whatever. That's the way they keep making a lot of money and fame exploiting naive people.

But turning back to scientifical constraints, all models we can create and study in this world are limited to a pretty small number of variables that we can control. All the rest are uncontrollable and therefore should not be part of any model but as constants. That's the called "ceteris paribus" assumption. Having said that, no way to have a recipe for whatever we want, "bedroked" in the scientific method without considering many variables "ceteris paribus". Which end up in defining as not relevant, variables we know up-front are not measurable or manageable in a theoretic experience. Ultimately, we reduce them to constants with no further consequence in order to simplify our model. That's the way a scientific model works and from where we can take very good predictions (we sent the man to the moon, we have cars, computers, all based one way or another on this).

In opposite, If you started reading books telling you how to get rich, successful, world cup's champion, you were betrayed by a tricky thing. On those books they do not mention all the critical variants they pushed as constants or just did not consider. This could jeopardize their goal of hooking you up as a faithful customer, once you could become more skeptic risking to throw out the book after the 10th page. Of course they don't want you doing that.
Usually they don't mention this and if you're desolate for some reason, begging for help, you got traped on the easy rules to make the impossible turns possible (they can even teach you how to make wind or rain by clapping your hands). This might turn you into a person who normally believes in rules set in a pseudo-scientific stone making you get rid of your good sense, intuition and feeling for a while.

It's a fact there's no way to strictly follow a set of rules about something which has no a scientific model or can not be studied under the science light. For something like how to get rich or how to win the world cup, there's no a "ceteris paribus" model and therefore reliable predictions. Here, everthing is possible, literally.

I know as well that due to past failures there's a normal tendency to change our minds towards different approaches. About world cup again: after the failure of the best team that I've ever seen playing, in 1982, they gave them one more chance. All in all, it was beautiful, although not effective.
Another failure in 1986 and they burned that method.
Then we drown into a new dimension called Lazzaroni 's Dimension. On that one, you could easily bump into Darth Vader when walking in the street. It was also possible, at that time, to party with Jason, Freddy Krueger and all the dark side of the force's empire. Another debacle, actually the most tremendous one.
Came 1994 and a stupid theory was shout as reference after the last match and the championship. Only for sake of luck, in despite of Romario and/or Bebeto, his defender said he was the responsible for that success. He wrote a book believing on that and prescribing his formula. Of course nothing that really worths your time or attention. Again, people trying to say they can control the uncontrollable. Prophets that scream out the way to sort out the chaos. No feeling, no intuition or improvisation. Results as consequence of equations.
Unnoticed problem, nonetheless, was that soccer is not math; but this is nothing for someone who believed that "goal was only a detail".

Indeed, unless you're depending on a math equation (e.g. to send a rocket to Mars - and in this case you'd better rely on science), add in your toolbox your experience and own background and feelings. The molding for things to be done "by the book" are really good for mechanical and math stuff but don' t work in the same way for art, creativity and activities depending on talent and intuition.

So, be careful if you normally kiss you girlfriend as an actor, being only theatrically perfect. She might consider, after a while, to have a real "caliente" kiss from a man who does not exactly follow any guidance for dating, just let it go taking some chances and improvising.
And even worse for you if the name of your opponent is Robben, Sneijder or Diego Maradona. Arrrrrrghhhhhhhhhhhhh... Watch out!