Dai minha compulsão em entender, pensar, criticar, inferir antes de concluir alguma coisa. E caso provem o contrário, mais que feliz em rever minha posição. Já assimilei bem a regra socrática: aceito primeiro a própria ignorância.
Portanto, caso algum "iluminado" lance listas negras e comporte-se como inquisidor tirando de você o fardo da leitura e análise que deveria ser só seu, e pior, você ainda concorde servilmente... bem, você pode "estar" um militonto do xadrez político, inocente útil da engenharia social ou é definitivamente um picareta em busca de sinecuras.
Para os dois primeiros casos há cura e sugiro a expansão do espectro da leitura. Desconfiar já é um bom começo. Quando alguém recomendar que algo não deva ser lido, visto, ouvido, é a deixa... faça rigorosamente o contrário. O autor está na lista negra?, passe a ler e preste ainda mais atenção em busca do porquê da proibição. Na seara do pensar, é proibido proibir (ainda que a frase soe mais como uma contradição lógica. Talvez um oxímoro e ai me salvo do vexame... Sei lá. Não importa).
Para o último... bom, não sei se há esperança. Afinal, Maluf, Sarney, Collor continuam ai a indicar não haver mesmo limite para o fisiologismo e picaretagem deslavadas.
Mas se até a leitura de Mein Kampf é útil caso queiramos combater efetivamente neonazistas refratários, dissequemos sem dó todas as listas negras.
Ideias devem ser contestadas com ideias, não com fogueiras, expurgos, gulags, paredões. Listas são coisa de autoritários... ou de seitas obscuras.
Uma muito boa do Magnoli
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/demetriomagnoli/2014/09/1511975-fogueiras-da-razao.shtml
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