quarta-feira, 16 de março de 2011

Viajante

Recebi outra crítica dia desses. Talvez a segunda com o mesmo tipo de comentário. Não cheguei porém a considerar a possibilidade de adotar uma escrita linear/direta, com pouca ou nenhuma palavra que não trafegasse a linguagem coloquial antecipando o intelecto rápido, raso, a escravatura da vida moderna, o não hábito e gosto pela leitura, a aversão às citações, referências, conceitos, pensamentos.
Para ler sem dificuldade já temos o mago - e a TV. Minha sugestão aqui é ter o Google aberto em outra janela para a busca dos "ovos de páscoa" que salpico aqui e ali, pelo jardim, propositalmente, para instigar o leitor curioso a descobrir o que pra mim foi puro deleite pesquisar. São pequeninos seixos, cuja descoberta pode transformá-los em rubis - ou cascalho... O leitor que decida.

A leitura deve transformar ao suscitar a reflexão, a pesquisa, instigar o debate.
Deveríamos emergir melhores. Se o mundo moderno aplainou o intelecto e reduziu-nos a ávidos consumidores de auto-ajuda, misticismo, não serei eu que farei disso algo ainda pior.

Já há muita gente imbuída em “manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à fazenda como os outros animais" (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’ de William Cooper).

Da minha parte, só me interessa o contrário, mesmo com toda a presunção que isso possa fazer pairar sobre a minha cabeça.

Aproveite... "ou não".

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