sexta-feira, 9 de março de 2012

Tirando a poeira

O trabalho me tomou todo o tempo e energia nas últimas semanas, daí (será que aderi de vez ao curitibês?) não escrever há algum tempo. Estou aproveitando o layover entre um voo interno nos US e o outro para meu retorno pra casa para tirar a teia de aranha. Já tava empoeirado isso aqui. Então... falemos meus caros, falemos.

Trabalhei as duas últimas semanas em Baton Rouge, na Louisiana. Para quem pensava que a capital da Lousiana era New Orleans (como eu), ledo engano. Já foi, remontando 1812 quando o território de Orleães tornou-se o décimo oitavo estado americano, tendo sido então renomeado para Louisiana.
Mas é Baton Rouge a capital desde 1849.

Btw, fui jantar no Café Amelie em New Orleans na Quarta (New Orleans está a aproximadamente uma hora de carro de Baton Rouge). Claro que passei pela Bourbon Street (caso contrário seria como ir à Amsterdam e não passar pelo Red Light District) e terminei a caminhada no Cafe Du Monde, às margens do Mississippi. O French Corner em New Orleans é indispensável.
Cidadezinha incrível, mas pra ser vista e andada em dias, não em horas (e eu sem nenhuma câmera).
A experiência gastronômica aconchegante iniciada no Amelie foi selada com chave de ouro com o café do Cafe Du Monde (served Au Lait) e uns tantos beignets, as especialidades da casa. (Não sou bom descrevendo bebida ou comida. É um de meus fracos. Caso queiram informações, vejam os links).

O Mississippi divide Baton Rouge de Port Allen, onde trabalhei de fato nas 2 semanas anteriores. O lugar seria mais ou menos como BH e Contagem, não dando exatamente para notar as nuances, as diferenças entre as cidades, a não ser pelas imposições legais como diferentes prefeituras, polícias, tribunais, essas coisas. Não fosse a opulência do maior rio americano, navegável, com cargueiros enormes e portos de respeito, NÃO poderíamos fazer nenhuma outra comparação com BH/Contagem (te deixei confuso? Ufa!). É completamente diferente mesmo.
Para resumir tudo numa frase, "as coisas aqui funcionam".

Bom, mas não passei aqui pra discorrer mais uma vez sobre a propaganda negativa dos ideólogos e ignorantes úteis (os que nunca estiveram nos US. Porque o dia que vierem, após ganharem alguma sinecura do poder, farão como a nomenklatura Venezuelana: serão por tempos os maiores consumidores de Miami), mas pra esticar o esqueleto... e a palavra. Também para dar-lhes uma notícia para mim muito bem vinda: minha filha, que também escreve seu blog Paper Late, resolveu enveredar por algo mais consistente, e criou outro blog para dividir com quem quiser, mas principalmente com os deficientes auditivos como ela, sua jornada pela vida e os percalços que tem de enfrentar. Se o primeiro ela escrevia em Inglês, esse último é tupiniquim. Vale a pena: Martelo Bigorna.
Convido você a dar uma espiada.

Talvez eu nunca venha a ser um escritor, embora continue tentando...
Mas ela com certeza um dia será, se quiser. Iniciou esse exercício já aos 21 anos e terá tempo para amadurecer.

Nada há de mais prazeroso na vida que ver seus filhos realizando (e realizando você)!
Na última semana meu filho venceu seu primeiro torneio importante de tênis.
Já havia falado disso em outro post, 'Is there anybody in there?'. Estava certo!
Quase tive um treco. Chorei, claro, o choro mais delicioso que há.
Agora falo com minha filha do meio e ela me diz que está com saudade, que a casa sem mim é terrível.
E pra completar, a filha mais velha escrevendo suas impressões no 'Martelo Bigorna'.

Rapaz... o que mais um homem pode querer da vida?
"O meu medo maior é o espelho se quebrar..."
Mas a vida é assim, e meu velho continua na luta. Da vida só o tiram morto! Andemos...

Bom, deem uma passeada pelos links, com certeza acharão interessantes.

Hasta.

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