quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Redescobrindo o Brasil. Estrelando Squid, Cabral e um tal de "Leandro"

Uns tem o dom da palavra, outros o da fala. Outros falam mais que qualquer palavra enquanto uns palavreiam mais que qualquer discurso. A propósito, os verborrágicos deveriam vir com o comando mute embutido, poupando-nos assim de sua "latumia" super faturada de palavras e carência de sentido.

Há também os embusteiros. Esses são uma espécie interessante. Passam por tudo e por todos sem acrescentar uma única pedra ao caminho e, no entanto, monopolizam a atenção e os olhares como se fossem os responsáveis por todo o desenrolar da história. Maestros na arte de se esquivar de qualquer coisa que seja associada aos verbos fazer, agir, realizar, conceber... ainda se apropriam seja lá do que estiver disponível que traga alguma vantagem, ignorando descaradamente autorias, fatos históricos, etc.

Na política receberam a alcunha de pragmáticos (ou deveria chamá-los de pragmatistas? Who cares?). Nas palavras de William James, "o Pragmatismo aborda o conceito de que o sentido de tudo está na utilidade - ou efeito prático - que qualquer ato, objeto ou proposição possa ser capaz de gerar. Uma pessoa pragmatista vive pela lógica de que as ideias e atos de qualquer pessoa somente são verdadeiros se servem à solução imediata de seus problemas. Nesse caso, toma-se a Verdade pelo que é útil naquele momento exato, sem consequências”. (Wikipédia)

Bem, embora eu duvide que essa corja tenha algum dia se interessado por filosofia ou lido, mesmo desavisadamente, William James, assimilaram, todavia, o conceito de maneira espantosamente poderosa.
Mas o que diria Squid se soubesse que o Pragmatismo foi a primeira filosofia estadunidense*  autônoma? Para alguém que respondeu ao ilustre desconhecido Leandro de Paula “...tênis é esporte da burguesia, p...” quando questionado pela falta de uma quadra de tênis na comunidade, melhor é alguém avisar que ser chamado de pragmático não é uma boa. Ah, avise a ele também que Guga Kurten elevou o Brasil (país de terceiro mundo) ao topo do ranking mundial de tênis por 43 semanas (esporte de primeiro e segundo mundos; mundos burgueses por dedução lulística). Sim, um brasileiro de Florianópolis. Tem mais, eu gosto de tênis. Sempre gostei, e sou filho de um motorista de caminhão do Vale do Jequitinhonha. Burguesia‽‽‽“Será que não dá pra mudar essa cartilha? Parece até aquela musiquinha ridícula do Cazuza. Tenha dó...

Mas pra salvar o "assado" vou tentar redefinir essa p... (bem ao gosto do excelentíssimo).
Ai vai: Rorty foi o responsável pelo ressurgimento do pragmastismo nos Estados Unidos depois de um longo e tenebroso inverno de ostracismo. Nos últimos anos de vida (ele morreu em 2007), o anti-filósofo começou a intervir cada vez mais em política. Em 1997 apelou às universidades, num ensaio, a regressar a uma política esquerdista "que no essencial se ocupa de impedir que os ricos desvalorizem o resto da população."
Tai” a deixa. Como Rorty considerava-se principalmente um discípulo de Dewey, mas também fortemente inspirado por Hegel - que teve impacto profundo no materialismo histórico de Karl Marx - também podemos usar essa referência para salvar o presidente. Squid pode se justificar nesse pragmatismo de Rorty e rechaçar a pecha de estadunidense (oh nome feio) e burguês (de novo p...???).

Mas pra mim, alguém cujo conhecimento filosófico não daria pra atravessar a rua, o pragmático de esquerda (e o político em geral) brasileiro continua sendo aquele que “...vive pela lógica de que as ideias e atos de qualquer pessoa somente são verdadeiros se servem à solução imediata de seus problemas. Nesse caso, toma-se a Verdade pelo que é útil naquele momento exato, sem consequências”. 
Mas tirem o Polvo dessa. Afinal, o conhecimento filosófico dele não dá nem pra não atravessar no samba e, ademais, ele "não sabe de nada, não leu nada" ... Paul - o polvo - está a salvo e pode continuar falando m... por ai e caminhando, desde que não hajam mais Leandros nas comunidades pobres cariocas gravando a conversa numa câmera precária.
Assim, ele e o Cabral podem redescobrir as américas do Rio... não, quero dizer, do Brazil, nas caminhadas eleitorais sem sustos.
Os assessores é que deveriam fazer melhor o trabalho deles, tirando essa turma que gosta de esporte da burguesia (de novo não...Arghhh!)  do caminho. Onde já se viu???

* Babaquice anti EUA. “Americanos” me soava melhor. Puro complexo de inferioridade, embora os signatários dessa tolice não dispensem for sure uma “boquinha” pra fazer compras em Miami. (NA)

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