terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sem acento...

Tudo começou meio por acaso. De novo.
Ai me vejo escrevendo como se ja nao pudesse nao faze-lo.
Nao doi, nao elaboro mais como antes. Flui, inunda, as vezes ate sufoca.
As madrugadas ja nao tao frias.
Silencioso, mas com os fones de ouvido a me trazerem Sirlan, Lo ou outro qualquer.
Sou so um fantasma teclando na madrugada, seguindo um roteiro na noite feito um zumbi das palavras.
Apropriei-me do espaco, da forma, e arrisco. Navego entre temas, como um novo Aldir, um Blanc na caçamba de orasamba.
A deriva estou e permaneço, desorientado, sem o fanal das manhas. As mesmas manhas onde sigo sempre o mesmo caminho.
Agora pouco me importam as regras, as leis ou signos. Livre...nesses breves momentos onde inatingivel, me perco da gramatica, da estetica, dos acentos.
Adeus agudos, circunflexos, adeus as crases... "(...)Um compromisso a sirene chamou / Duplicatas, meu senso de humor / Se perdeu na cidade onde estou / Viva Zapátria, saudou esse meu senhor..." E ouço outra vez, talvez a centesima, a mesma musica de novo e de novo...
Minha trilha sonora , unica companhia desperta.
Minha esposa a meu lado, incomodada pela luz do abajour que mantenho aceso pra divisar as letras no computador, dormindo.
Estou viciado.
Nao quero a cura...todavia.
E assim, mais um libelo, sem revisao, sem pudor...sem acento.

Como eu nesses dias...

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