segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Homenagem à irrelevância

Dedico essa à Surita e Rosário, pelo rosário de irrelevâncias que fazem seus nomes saírem da obscuridade para os holofotes das bizarrices.

Talvez a genialidade de Guinga e Nei Lopes nunca sejam compreendidas pelas homenageadas... porém.

Fox e trote
(Guinga e Nei Lopes)
 

Estranha ligação, tão descabida!
Que coisa sem razão e sem medida!
Igual a jazz ou atonais
Sons de Debussy
Num mocotó ou num forró
em Paracambi.
Municipal, um recital 

e eu de calça Lee...
Foi como o Miles Davis, doido no carnaval,
tocando no Orfeão Portugal.

Estranha ligação, tão descabida!
Que coisa sem razão e sem medida!
Como orações pentecostais
louvando Zumbi
Como freeways monumentais pra daqui ali
ou certas leis que o homem faz
pra não se cumprir

Foi como um trio elétrico em um funeral
mandando funk, rap geral
Golpe de azar, sina de estar num mau lugar
na hora errada,
Eu que pensei mais uma vez que essa era dez 

Que dez que nada!

Estranha ligação, tão descabida!
Que coisa sem razão e sem medida!
Igual a jazz ou atonais
Sons de Debussy
Como orações pentecostais
Louvando Zumbi
Municipal, um recital e eu de calça lee...
Foi como um trio elétrico descendo o Pelô
desrespeitando Dona Canô
Golpe de azar, sina de estar num mau lugar
na hora errada,
Eu que pensei mais uma vez que essa era dez

Que dez que nada!
Meu peito de aço inox,
de Dom Quixote
dançou no fim do fox:
Levei um trote.

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