terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Decifra-me ou devoro-te

Para fechar o mês sugestão de alguns textos que recomendo a leitura, caso você tenha culhão para enfrentar o patrulhamento ideológico e refletir de "peito aberto" sobre os temas abordados.
Como diria o Millôr, a Internet e o Google são o conhecimento prêt-à-porter, portanto, seja homem (ou mulher) e encare o desafio. Conteste o autor... se puder.
(...)
Eu que também leio o Emir, o Quartim e até o Leonardo Boff garanto: nenhum desses consegue soletrar 'Caraguatatuba' perto do Reinaldo. A distância é um abismo intelectual irremediável, sem esperanças. Além do mais, esses fugiram das aulas de lógica elementar e se entrincheiraram no paralogismo ideológico, essa vertente de pseudo-conhecimento que relativiza tudo e todos sob o crivo das utopias (ou da picaretagem intelectual deslavada) que Emir chama enigmaticamente (como quase tudo o que ele fala) de “o outro mundo possível”.
Emir cometeu também ato falho ao dizer  que "para alguns movimentos sociais e para as ONGS, o Estado expropriaria a possibilidade das pessoas de fazerem politica, estatizando-a. Ele teria um potencial inerentemente antidemocrático.
Exatamente!!! Já aconteceu há tempos... Os chamados "movimentos sociais", a maioria das ONGs, os sindicatos, todos pelegos, aparelhados, parte do chamado 'imperativo categórico' de Gramsci. Já não representam a sociedade civil, esta mais interessada na lida diária da sobrevivência e ainda obrigada a pagar mais de 35% em impostos mais a previdência privada, a escola dos filhos, uma das gasolinas mais caras do mundo, etc.etc.etc. É só empulhação.
Mas em meio à pseudo análise política sob a batuta de suas cátedras, Emir dá de novo com a língua nos dentes, embora, como de praxe, culpe os insurretos: "Os setores de esquerda que não querem Estado são incoerentes. Ou não querem construir o “o outro mundo possível” e ficar sempre na resistência, ou não dizem como se garantiriam direitos, sem o Estado, como se regulamentaria a circulação do capital financeiro, sem o Estado, como se resistiria às privatizações, sem o Estado, como se democratizaria a formação da opinião pública, sem o Estado." 
Outra sequência de paradoxos já que o Governo segue o modelo de privatização dos aeroportos além de "Obrigada a tolerar os feudos políticos dos partidos de coalizão, presidente quer acelerar adoção de modelo empresarial para a máquina federal" e emprega Gerdau como consultor da ministrada incompetente. 
O tal modelo empresarial e o choque de gestão tão criticados pelos esquerdopatas quando oposição agora vão virando mantra do capitalismo de estado petista. 
Mas nada é pior que "... democratizaria a formação da opinião pública". WHAT THE HELL IS THIS??? Democratizar a formação de opinião??? 
Ato falho de novo, já que democratizar aqui significa o que Carvalho soltou no FSM em POA: eles querem o estado produzindo “informação” para a classe C via mídia estatal fazendo disputa ideológica descarada com quem quer que noticie algo em contrário. É nada mais que o miniver de Orwell.

Sem palavras. Formação de opinião não se democratiza, ao contrário, é fruto das democracias que respeitam o estado de direito e a liberdade de imprensa, a divergência de opiniões, sem censura.

Isso sim é democratizar a formação de opinião: dê-me a opção de ver, ouvir e ler tudo. Do resto cuido EU. Afinal, formação de opinião é ato individual. Caso seja coletivo é mera disseminação ideológica e manipulação das massas por grupos de poder.

(...)

Ah, eu leio o Emir, o Quartim e até Leonardo Boff sim. Tenho esses arroubos de masoquismo tanto quanto assistir à TV Câmara, TV Senado e à TV Justiça de vez em quando. Só não li nem lerei o 'Brejal dos Guajas' ou 'Tempos de Planície'. Muito menos voltarei ao Conversa Afinada depois de ver a entrevista do PH na TV Câmara. Tétrica. Ai já seria insanidade ou suicídio intelectual.

(...)

Dêem uma olhada. Todos os textos abaixo são do Reinaldo Azevedo. ISSO MESMO!
Gramsci, o parasita  do amarelão ideológico  de 2007.
As ONGs do fim do mundo  de 2008.
Capitão Nascimento bate no Bonde do Foucault  de 2007.
Que falta faz um Voltaire de 2008.
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Imagem: esfinge de Gizé e pirâmide de Quéfren

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